sexta-feira, 28 de agosto de 2020

A Pandemia na Pandemia

 

@sandromviana - Natal-RN 27.08.20

 

Assistimos abismados o desnudamento da alma humana dentro da pandemia. Negacionismo, mentiras, manipulações, teorias das conspirações, desvio de verbas para a compra de respiradores, subutilização dos hospitais de campanha. Antes da pandemia da COVID-19 assistíamos nos filmes apocalípticos de Hollywood uma humanidade que depois de muito desentendimentos se unia para lutar contra o seu inimigo comum, mas o mundo real não foi bem assim.

 

O cristianismo contemporâneo tem mostrado que está profundamente contaminado: Sem ar e com sufocamento espiritual, morre aos poucos sem oxigenar o seu próprio corpo com o único meio de sobrevivência deixado por Cristo o Evangelho.

 

Perdeu o paladar pela vida pela simplicidade. A igreja contemporânea que era sal se tornou areia onde as pessoas pisam, pois é insípida, sem sabor, sem gosto, sem graça, repetitiva monótona, fútil, superficial e interesseira. A COVID espiritual que se abateu por sobre a igreja não foi uma contaminação que ocorreu nesses últimos seis meses, não é uma contaminação biológica, pior é espiritual, que já vem se arrastando há muitas décadas. Mas que na pandemia do Corona vírus sua ética e moral

 

Depois de anos lendo e interpretando o livro de capa preta carregado debaixo dos sovacos dos crentes, pois o tema era o anseio da noiva, a igreja pelo volta de seu Senhor, crendo na iminência do juízo final estaríamos preparados para  o derramamento das taças apocalípticas, e assim com o anuncio da redenção através do anuncio pela verdade e o arrependimento o que vemos é uma igreja agonizando na UTI da ética e da moral (santificação comprometida) sendo enredada pela cobiça, o esfriamento do amor e a indiferença com tudo e com todos.

 

A igreja que sempre se orgulhou de ser o pulmão da fé, uma fé inabalável, por ter uma promessa de ser selada pelo próprio Espírito Santo, “pneuma”, sopro animador ou força criadora, agora sabe que precisa urgentemente, assim como o povo hebreu diante de seus cativeiros, voltar-se arrependida para seu único sacerdote e salvador, Jesus Cristo de quem nunca deveriam ter se divorciado!

sábado, 21 de setembro de 2013

Pretérito Imperfeito

Pensávamos que nunca fosse, mas você voou como um pássaro que sai da gaiola em direção ao límpido e profundo azul celeste;

Hoje a fronteira que ousamos atravessar entre o presente e o pretérito imperfeito são transpostos pelas mais tenras lembranças que nos leva a construir uma grande colcha de retalhos de lembranças junto aos amigos que nos deixastes por herança;

Sua ausência nos trouxe a triste sensação de uma história inacabada, mas a nossa recusa a fatídica realidade do tempo pretérito imperfeito é em vão;

Queríamos o tempo “presente eterno”, mas ficamos somente com o volátil pretérito imperfeito, pois a cada dia que passa tudo se resumirá no pretérito perfeito!

Rev. Sandro M. Viana

Em memória a uma grande amiga e ovelha Tia Jane (Jane Maria Medeiros) em 17/09/2013

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Aperfeiçoando o coração

Na sociedade da informação onde dados tentam transformar-se em informações o que de fato não acontece é a informação criar sábios humanos. A incansável busca pelo aperfeiçoamento o conhecimento profissional não tem construído bons cidadãos. Temos especialistas são ótimos médicos, professores, engenheiros, funcionários públicos, porém ainda não conseguimos experimentar uma convivência social mais humana. Há cursos profissionalizantes, MBA’s, pós, mestrados, idiomas, informática, etc., mas para o coração não há investimentos de melhorias para a alma humana. Melhora o currículo, mas não melhora a personalidade o caráter.

A sociedade tecnológica domina os mais sofisticados teoremas matemáticos as mais engenhosas teorias filosóficas, fascinantes correntes da psicologia e as mais extraordinárias técnicas cirúrgicas e pessoalmente há um viver em tamanha e solitária ignorância pessoal. A inabilidade de conviver como humano!

Não diferente das correrias do profissionalismo do dia-a-dia isto também ocorre dentro das igrejas. Paulo aconselha seu amigo um jovem pastor que conheceria pessoas assim: “aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade”. 2ª Timóteo 3:7. Gente que é doutor em teologia, já leu a Bíblia varias vezes que conhecem a sã teologia, mas não conseguiram chegar a Verde! Isso também era muito comum aos fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Mateus 23:3.

É necessário compreender que a fé é uma construção que precisa também de investimentos! Fé ao contrário dos estereótipos expostos na televisão não é um momento instantâneo não é o abrir de um envelope de um comprimido efervescente que magicamente tornará o mundo pessoal em azul, mas a luta diária pelo conhecimento da reflexão bíblica em orações sinceras e profundas em uma desobediência a si mesmo (autonegação) é a transformação pela dor que amansa a bruta natureza desumana que nos amadurecerá como gente! Só o conhecimento por si mesmo se não for aplicada a vida é inócuo e as riquezas do Evangelho devem abrir os nossos entendimentos e nos libertar para o amor a todo(s) o(s) semelhante(s) e a vida. Se o conhecimento das Escrituras (teologia) não descer para o coração e não for discernida ainda assim não será uma verdade para quem a conheça, será somente mais uma verdade no meio de milhares espalhadas e perdidas numa sociedade da informação.

A riqueza da verdade do Evangelho só será um fato quando os homens forem libertos de suas prisões do coração! Rev. Sandro M. Viana

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Recall de Corações


“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” Ef. 2.1

Recall é uma palavrinha do inglês que significa "chamar de volta", "chamamento". Hoje quando um produto apresenta defeitos de fabricação os proprietários são avisados a retornarem aos fabricantes para efetuarem trocas de peças defeituosas ou de todo o produto.

No livro de Gênesis, Deus criou o mundo e tudo o que nele há. Criou perfeitamente sem a presença do pecado sem defeitos. Criou o homem com características especiais de escolhas e livre-arbítrio. Como parte integrante dessa grandiosa obra o colocou como mordomo. Um homem perfeito sem pecados no uso pleno de sua liberdade de fazer escolhas, porém em uma escolha terrível optou pelos seus próprios conselhos e assim abandonou as suas consequências foi de abandono a Deus. Este é o relato da maior tragédia da história humana, a entrada do pecado e toda a sua corrupção na vida dos seres humanos e em toda a criação. 

Essa escolha trouxe sérias implicações manchando suas almas, alterando sua essência e a de todo o meio-ambiente ao seu redor. Tudo foi afetado, tudo foi alterado. O homem tinha como vocação natural viver em comunhão com Deus e cuidar da criação, porém sua escolha o colocou como inimigo. A Bíblia nos revela que Deus em seu imenso amor chama os pecadores para uma reconciliação. O problema espiritual e moral da corrupção do coração do homem não estavam no Criador, mas na escolha dos nossos primeiros pais. O defeito ou o problema não estava em Deus, mas nos homens. É importante sabermos que os primeiros pais foram representantes genuínos da humanidade, pois não possuíam pecados, eram perfeitos e maduros. 

A Bíblia nos ensina que Deus usa de misericórdia e graça para restaurar nossos corações pela obra de seu filho Jesus Cristo. O Senhor nos chama com amor, clemência e benignidade para restaurar corações. Só o Criador pode restaurar o ser humano para uma vida plena na sua comunhão.

Pastoral Boletim Informativo da IP. Parnamirim/RN. Domingo de 24/03/2013. 

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terça-feira, 5 de março de 2013

O último show

Renato Russo no estádio Mané Garrincha, antes do fatídico show de 1988. Foto: Renato "Barney" Mendonça
Hoje ao ler a matéria: Os anos 1980 fizeram Brasília ser conhecida como a capital do rock no Correio Brasiliense óbviamente lembrei de minha adolescência na capital e de um marco histórico quando existia o estádio Mané Garrincha. Eu e Gim meu irmão( Jorge Viana) chegamos cedo, era umas 14h, num sábado frio e seco comum na capital federal. Ouvimos toda a passagem de som (ensaio) e ficamos eufóricos. Quando os portões se abriram corremos no meio do gramado. Lá estávamos para assisti a maior banda de todos os tempos. Já a noite com poucas músicas cantadas o Renato pára uma das canções e se mete numa briga no meio da galera. A turma começou a vaiar e atirar garrafas e latas ao palco, até que Renato leva uma garrafada caindo ao palco e neste momento começou uma guerra campal. Eu era militar do Exército e sabia da fama da polícia montada de Brasília-DF (Veraneio Vascaina) quando vi os cavalos entrando no gramado do Mané Garrincha puxei o Jorginho e corremos para o alto das arquibancadas, nesse dia a paz não foi cantada.
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domingo, 24 de junho de 2012

Coração verde, um retorno ao paraíso


“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Gn.  1:31a

Rev. Sandro Mariano Viana

O livro sagrado, a Bíblia conta a origem da humanidade que foi colocada em um lindo jardim chamado Éden. Lá habitava a proposta mais surpreendente e perfeita de criação. As mais lindas e diversificadas espécies de seres viventes, livres em seus ambientes, vivendo harmoniosamente, anunciando o esplendor de seu Criador. Como coroa de toda esta formosa inspiração criacionista é posto um ser a imagem e semelhança de seu Autor com atributos que nenhuma outra criatura possui.

O ser humano nesta composição criativa, detentor de livre arbítrio, foi comissionado com o ofício de gerir a criação, porém esta aprazível narrativa bíblica é interrompida com uma abrupta mudança nos destinos da humanidade. Os legítimos e capazes representantes da humanidade, Adão e Eva, decidem se tornar como deuses, conhecedores do bem e do mal e ingressam todos os seus descendentes nesta odisseia de infortúnios existenciais.

Hoje o retorno ao Éden passa pelo caminho do coração. As transformações diárias e constantes de nossos caminhos apontam para uma conversão criativa e ética do Reino de Deus aqui na Terra.

O planeta Terra, o jardim de Deus, para a humanidade sempre esteve ameaçado com as condutas humanas, o problema é que hoje estamos em um beco sem saídas, pois todos os recursos naturais foram exauridos e não há mais como continuar nesta caminhada de destruições pensando o mundo da mesma maneira como se pensou, destruir para consumir. O ritmo pós-moderno contemporâneo de viver torna tudo obsoleto em menos de dezoito meses. Na contramão da sustentabilidade o viver descartável invadiu o cotidiano do “pacato cidadão” influenciando sua conduta.

Os grandes temas mundiais como a sobrevivência do planeta e o futuro que as novas gerações, estarão nas escolhas corretas e mudanças que precisam acontecer hoje, esta é a herança que deixaremos para as próximas gerações.

A insustentável sustentabilidade da ética humana no cuidado do Planeta, nossa conduta no cuidado da coisa divina precisa urgentemente de mudanças que ocorram primeiramente dentre de nós.

Vinte anos depois da Eco 92 a Rio + 20 (Mais Vinte) traz a tona discussões sobre o conflito entre  sobrevivência básica da maioria dos habitantes do planeta contra os interesses de uma minoria que detém o capital pela escravidão de muitos.

Neste jogo de sobrevivência os interesses são os mais plurais. Os ambientalistas e “ongs” de preservações tentam desesperadamente conscientizar as novas gerações quanto a obrigação de se preservar a vida. 

Para trabalhar a preservação ambiental é necessária uma campanha de reciclagem de corações de pensamentos, uma despoluição mental, diminuição dos altos índices de egoísmo e ganancia que foram diluídos em nossa fonte de esperança. Sentimentos tóxicos como, a insensibilidade e o individualismo, são energias radioativas nocivas à paz e a união. Enquanto o homem não for limpo de sua natureza pecaminosa os discursos serão como lindas canções que trarão alegria momentânea e não haverá forças renováveis suficientes para as transformações tão necessárias que garantam a sobrevivência das novas gerações.

Publicado no Boletim Informativo da IP Parnamirim-RN em 24/06/2012 




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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Teologia das Redes Sociais


(A Teologia do Facenstein = Facebook + Frankenstein)
Rev. Sandro Mariano Viana

Na evolução das comunicações globalizadas passamos pela carta, rádio, código morse, telefone (satélites), televisão e agora a grande sensação do momento a Internet. Ela consegue abraçar todas as modalidades separadamente ou juntas no mesmo meio: textos, imagens, vídeos e áudios.

Na década de oitenta popularizou-se o “vídeoclip” que é a junção das mídias de áudio musicais ao vídeo. Os grandes propagadores deste meio foram Elvis Presley, Beatles e Michael Jackson.

Hoje pela Internet as pessoas se encontram, namoram, trabalham e até organizam-se em movimentos sociais e revolucionários. O fenômeno mais recente, organizado na Internet ocorreu nos países árabes e que foram fomentadas neste novo campo de batalha. É por essa mídia que milhões de anônimos se destacam com seus pensamentos publicados em blogs e redes sociais. Nunca houve na história da humanidade uma democratização do pensamento como a que temos experimentado. As pessoas se aproximam dentro de grupos por perfis de pensamentos ideológicos que melhor lhe familiarizam. Essas pessoas são chamadas “seguidores”.

Neste novo contexto de uma sociedade interconectada, atos e ações são acompanhados vinte quatro horas por dia em “micro blogs”. Atitudes tão triviais do dia a dia são postadas e logo viram notícias.

A grande característica das mídias sociais está no fato de se produzir uma informação a partir de uma coleta de dados em textos, fotos, músicas e vídeos. Editar, cortar, copiar, colar, adicionar e importar, todas essas ações criam um grande “Frankenstein” ideológico. São postados milhares de imagens e vídeos caseiros com o propósito de expor seus pensamentos e receber dos “seguidores” um reconhecimento pessoal que é retro alimentado. Há uma luta ideológica de exposição pessoal numa tentativa de convencimento por aquilo que se posta. É uma nova modalidade de luta ideológica.

Os relacionamentos reais também já se influenciaram com as regras das redes sociais, isto é, se os comentários não forem conforme o que penso, logo desfaço a amizade, é rápido e indolor, basta clicar.


Bonitinhas e infames são as milhares de mensagens divulgadas com fotos em fundos musicais e frases de efeitos que não permitem uma reflexão com profundidade, pois a imagem e a música associadas ofuscam no inconsciente a mensagem que se gostaria de proclamar claramente.

A fraqueza e mediocridade de uma reflexão de pensamento tem predominantemente nivelado por baixo todos os que estão dentro das redes sociais. São raros os casos de vida inteligente no meio de uma enxurrada de assuntos sem sentido.
As pessoas já descobriram que podem produzir mensagens manipuladoras com o uso de imagens de natureza, crianças, animais, idosos, casais, anjos, Jesus etc.

É uma grande colcha de recortes de imagens, fotos e frases. Com isto se propagam mensagens pessoais que influenciam como verdades para outros.

A arte da charge sempre foi inteligente, crítica e relevante, pois uma imagem era construída sob uma mensagem. Hoje as imagens influenciam as ideias. O processo está invertido.

A teologia das redes sociais é aquela que se preocupa com o que se pode ver e não compreender. É um ambiente carregado de achismos e palpites, recortes mal elaborados, tendenciosos sem fundamentação bibliográfica que possui a característica de expor a compreensão popular de conhecimentos genérico sobre tudo e sobre Deus. Um dos problemas da teologia das redes sociais é que ela não tem cara nem identidade tudo é dito através de imagens de forma reducionista, não há uma fonte segura e verdadeira.

Desperdiçar tempo navegando em redes sociais com assuntos fúteis é jogar seu tempo no lixo. Utilize-o para um aprendizado saudável e sólido sobre a fé cristã. Leia bons livros de literatura, ouça boas músicas. Cuidado com as redes sociais, pois não é lugar de se aprender sobre as verdades eternas. Não é pecado usar as redes sociais, mas deve se usada com um bom proveito, postando sempre bons comentários, versículos, poemas, canções etc.

Publicado no Boletim Informativo da IP Parnamirim-RN em 17/06/2012
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Crise da existência e a relevância do Evangelho


A Crise da existência e a relevância do Evangelho
Rev. Sandro Mariano Viana

“Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória”. Salmo 73.21-24

Vivemos em um mundo em constantes mudanças.  Países, sistemas financeiros, governos, a cultura, as religiões, a ciência, tudo está num constante dolorido parto de transformações.

A mídia nos arranca de dentro de nossos sossegados e confortáveis mundos arremessando-nos para o meio do fogo e fumaça dos conflitos sociais e globais expondo as realidades da vida.

As agonias, as incertezas, os anseios, os conflitos expõem a cada nova geração a busca pelo sentido da existência, mesmo em meio ao furacão de dias pós-modernos, onde os sentidos e valores foram triturados e relativizados.
As ciências sociais, a medicina e todos os tipos de terapias estão à disposição da humanidade com tentativas de curas para doenças e distúrbios emocionais incompreensíveis.

As “agendas” com valores e compromissos que são impostas sobre a vida da sociedade contemporânea levam as pessoas a se inserirem em uma maratona onde há uma multidão correndo e você precisa “urgentemente” entrar nessa corrida. É dessa maneira que somos inseridos  na correria da “vida” e passamos agora a não ter mais tempo. Há sempre algo a se fazer, sempre estará faltando alguma coisa. Por trás deste fenômeno há a fuga do vazio de significados de sentidos. A agenda deve ser preenchida o mais rápido possível, pois assim passará mais rápido e não sobrará “tempo” para de fato refletir, pensar a própria vida.

A falta de tempo faz com que as pessoas se alimentem mal, escolham na pressa, os sofrimentos, os anseios, e as angustias da agenda da correria do dia a dia acaba impondo um ritmo frenético de alienação e insensibilidade. Os antidepressivos, calmantes confirmam a morte ainda em vida da fuga de realidades.

O expresso, no que se tornou a vida, só pára bruscamente em ocasiões de grandes tristezas, pois nesta correria a falta de tempo só é interrompida com fatos que nos retirem de dentro deste “vagão” dos excessos de compromissos e do vazio de sentido e nos coloque numa dimensão natural da vida como realmente deve ser. O grande problema é que só vemos que a falta de tempo só nos levou para uma perda de tempo quando o tempo daqueles que mais amávamos não estará mais disponível ao nosso lado.

Esta frenética agenda de falta de tempo é antiga e já nascemos sob esta influência. Algumas pessoas já perceberam as regras da existência e se submeteram a um tipo de “viver” como se estivesse num parque de diversões ou transformaram suas vidas em um grande negócio. 

Estas percepções conscientes de um vazio existencial são preenchidas de significados mesmo que fútil e inócuo. O grande problema está na inserção das novas gerações que adentram neste ritmo sem ao mesmo entenderem por que precisam se submeter a estas agendas que já estão totalmente ocupadas e sem tempo. Crescemos assim sem tempo e achamos normal vivermos assim ocupando nosso tempo com as mais variadas formas e maneiras de distrações, prazeres ou futilidades, pois achamos que a vida se resume a isto mesmo. A falta de tempo é uma cruel agenda de alienações e manipulações sutis e constantes que entorpece a mente humana.

Acordar do sono profundo desses dias de nossas alienações e sermos colocados fora do desatino da vida contemporânea exigirá uma disciplina de despertamentos que acontece na alma humana. Em um mundo imerso numa grande desilusão o que precisamos é do frescor da Graça mediante a verdadeira compreensão dos princípios do Evangelho para nos lançar na dimensão real da vida.

Publicado no Boletim Informativo da IPParnamrim em 10/06/2012

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe


Janela que acolhe
Terra que recebe
Berço que gera

Porta de alcance
Chão do saber
Mesa de ofertas

Saguão de ingresso
Caminho evidente
Espelho refletido

Cozinha que comunga
Estrada que liga
Fogão que alimenta

Quarto que guarda
Rota que converge
Cama que consola

Sala que regozija
Senda que alegra
Tanque que sustenta

Somos o que nossas mães geraram em nós. 
Sandro M. Viana - 12/05/2012

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Choque de realidades

Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, 
dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23

A ideologia predominantemente que cega o coração das pessoas nas igrejas contemporâneas é a ostentação do luxo como sinal de bênção divina e a satisfação de prazeres pessoais em busca da felicidade como propósito da existência. A maligna cartilha da Teologia da Prosperidade ensina as pessoas que Deus tem a obrigação de atender a todos os desejos de suas criaturas, não importa se estes anseios sejam santos ou profanos contanto que no contrato estabelecido o primeiro passa dado pelo fiel através da “fé interesseira e mercantil” as quantias estejam já depositadas nos envelopes.

Hoje há igrejas de grifes e marcas, igrejas com nomes e produtos patenteados, líderes e gurus que tem o controle e o uso dos serviços sobrenaturais com hora e local marcados para a manifestação de shows, curas e milagres.

Os luxuosos templos de consumo da religião são frequentados por todos os tipos de pessoas que alimentam em seus corações todos os tipos de ilusões, são ávidos consumidores que na busca por grandes e imperdíveis novidades do mercado de bugigangas e amuletos da fé são saqueados por vãos e falsos discursos triunfalistas.



O consumismo religioso de objetos e quinquilharias da fé são passageiros, fúteis e vazios de respostas. A numerolatria (neologismo – uma nova palavra) retrata precisamente no que se tornou a igreja desses dias. É a idolatria aos grandes número$, grande$ cifra$ e gorda$ conta$.

Para isso a igreja se adaptou a maneira comercial no tratamento com o seu público alvo. Amigos e irmãos tornaram-se clientes. A simplicidade e a pessoalidade sumiram e na direção dessas instituições assumiram homens de coração e formação em negócios.

O marketing aplicado para a religião criou produtos que até concorrentes seculares estão de olho (Som Livre – “Você adora a Som Livre toca”.). Os novos gurus travestidos em seus ternos de grife de fala mansa, educados, cortam o país em suas frotas de jatos luxuosos.

A evangelização pessoal foi trocada pelos apelos comercias emocionais que alienam e manipulam as massas.


Jesus em sua simplicidade e paz nos chama para segui-lo! É uma caminhada eterna de serviço, amor e sinceridade, não é uma compreensão platônica, porém prática. Para segui-lo, o primeiro passo a ser dado é negar a nós mesmos. Negar nossas ambições, desejos e nossa natureza. Eu deixo de reinar em meu coração e Cristo torna-se Senhor de minha vida.

“Dia a dia tome a sua cruz”, somos chamados para sermos trabalhados diante de nossas debilidades e fraquezas na dependência de Deus, não fomos chamados para descartarmos nossas cruzes ou trocá-la por outra, mas temos diante da cruz que carregarmos a missão de sermos moldados por ela.

O convite está feito, basta crer e aceitá-lo!


Rev. Sandro Viana