(A
Teologia do Facenstein = Facebook + Frankenstein)
Rev.
Sandro Mariano Viana
Na evolução das comunicações globalizadas
passamos pela carta, rádio, código morse, telefone (satélites), televisão e
agora a grande sensação do momento a Internet. Ela consegue abraçar todas as
modalidades separadamente ou juntas no mesmo meio: textos, imagens, vídeos e
áudios.
Na década de oitenta popularizou-se o
“vídeoclip” que é a junção das mídias de áudio musicais ao vídeo. Os grandes
propagadores deste meio foram Elvis Presley, Beatles e Michael Jackson.
Hoje pela Internet as pessoas se encontram, namoram,
trabalham e até organizam-se em movimentos sociais e revolucionários. O
fenômeno mais recente, organizado na Internet ocorreu nos países árabes e que
foram fomentadas neste novo campo de batalha. É por essa mídia que milhões de
anônimos se destacam com seus pensamentos publicados em blogs e redes sociais.
Nunca houve na história da humanidade uma democratização do pensamento como a
que temos experimentado. As pessoas se aproximam dentro de grupos por perfis de
pensamentos ideológicos que melhor lhe familiarizam. Essas pessoas são chamadas
“seguidores”.
Neste novo contexto de uma sociedade
interconectada, atos e ações são acompanhados vinte quatro horas por dia em
“micro blogs”. Atitudes tão triviais do dia a dia são postadas e logo viram
notícias.
A grande característica das mídias sociais
está no fato de se produzir uma informação a partir de uma coleta de dados em
textos, fotos, músicas e vídeos. Editar, cortar, copiar, colar, adicionar e
importar, todas essas ações criam um grande “Frankenstein” ideológico. São
postados milhares de imagens e vídeos caseiros com o propósito de expor seus
pensamentos e receber dos “seguidores” um reconhecimento pessoal que é retro
alimentado. Há uma luta ideológica de exposição pessoal numa tentativa de
convencimento por aquilo que se posta. É uma nova modalidade de luta
ideológica.
Os relacionamentos reais também já se
influenciaram com as regras das redes sociais, isto é, se os comentários não
forem conforme o que penso, logo desfaço a amizade, é rápido e indolor, basta
clicar.
Bonitinhas e infames são as milhares de mensagens divulgadas com fotos em fundos musicais e frases de efeitos que não permitem uma reflexão com profundidade, pois a imagem e a música associadas ofuscam no inconsciente a mensagem que se gostaria de proclamar claramente.
A fraqueza e mediocridade de uma reflexão de
pensamento tem predominantemente nivelado por baixo todos os que estão dentro
das redes sociais. São raros os casos de vida inteligente no meio de uma
enxurrada de assuntos sem sentido.
As pessoas já descobriram que podem produzir
mensagens manipuladoras com o uso de imagens de natureza, crianças, animais,
idosos, casais, anjos, Jesus etc.
É uma grande colcha de recortes de imagens,
fotos e frases. Com isto se propagam mensagens pessoais que influenciam como
verdades para outros.
A arte da charge sempre foi inteligente, crítica
e relevante, pois uma imagem era construída sob uma mensagem. Hoje as imagens
influenciam as ideias. O processo está invertido.
A teologia das redes sociais é aquela que se
preocupa com o que se pode ver e não compreender. É um ambiente carregado de
achismos e palpites, recortes mal elaborados, tendenciosos sem fundamentação
bibliográfica que possui a característica de expor a compreensão popular de
conhecimentos genérico sobre tudo e sobre Deus. Um dos problemas da teologia
das redes sociais é que ela não tem cara nem identidade tudo é dito através de
imagens de forma reducionista, não há uma fonte segura e verdadeira.
Desperdiçar tempo navegando em redes sociais
com assuntos fúteis é jogar seu tempo no lixo. Utilize-o para um aprendizado
saudável e sólido sobre a fé cristã. Leia bons livros de literatura, ouça boas
músicas. Cuidado com as redes sociais, pois não é lugar de se aprender sobre as
verdades eternas. Não é pecado usar as redes sociais, mas deve se usada com um
bom proveito, postando sempre bons comentários, versículos, poemas, canções
etc.
Com base no trabalho disponível em www.sandroviana.com.